Se acaso o tempo cortar
as rosas
e meu poema não mais molhar
a ausência de teus
olhos,
ainda assim cantar-te-ei
o amor.
Se acaso não regares o
jardim
ainda adubarei o chão
da tua presença que
ficou
e dela brotarei o amor guardado...
porque o amor se guarda
nas horas perdidas
no relógio parado
no minuto eterno
do tempo que voa.
Se acaso, o amor regado
derramar teu sangue em
meu corpo
brotarei flores sepulcrais...
E velarei tua morte
depois do amor...
Porque o amor que se
guarda
renasce da eternidade
do silêncio.
(Rosidelma Fraga).