Jamais escreverei versos naufragados
de um lirismo mecânico e vestido de solidão.
O poema que ora teço vai despindo alinhavos
e nas costuras das cicatrizes o Amor é nudez.
Minha nudez desabrocha como muitas rosas...
Meu amado caminha entre espinhos há horas!
E no cais de horas que parecem intermináveis,
alinhavo palavras doces de metáforas,
banho a pele de Madalena com unguentos,
e o poema vai abrindo as delicadas pernas.
Ora, não demores, meu amado!
Meu corpo e minha alma de poeta,
já te esperavam de outras noites.
E não te esqueças sequer por um segundo
que em mim tu esquecerás a solidão de mundo.
Em mim tu terás o abrigo do Amor sem medida,
terás todas as mulheres nuas em forma de FLOR.
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