Desdobro o lenço vermelho de metáforas.
Nele, vejo-te em sonhos de Eros e Psiquê...
é a nota afinada para todas as balladas.
Porém, a poesia fechou o véu do silêncio
porque já não sou Vênus e nem Afrodite,
nem Beatriz, nem a deusa de Petrarca!
Mas tu, meu Amor, és redenção de versos!
Tu és o paraíso invisível e nostálgico
és o cântico e o mito de Pasárgada
de onde a deusa Afrodite em mim
vem enfeitar e enfeitiçar os cabelos,
para despir os desejos e saciar o poema!
És muito mais que Eros!
És a chave dos mistérios
para acender os incensos
e derramar o amor supérfluo!
Pois o Amor de Eros já não pode ser incerto.
O Amor é as duas metades que se beijam
e se afinam em notas da mesma canção.
(Rosidelma Fraga-01/03/2021).
Poema escrito em ocasião de uma aula sobre Amor e erotismo/ dupla chama, lendo Octavio Paz.
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