domingo, 28 de fevereiro de 2021

EROS E PSIQUÊ

Desdobro o lenço vermelho de metáforas.
Nele, vejo-te em sonhos de Eros e Psiquê...

Eros é a chama sensual que me despe
é  a nota afinada para todas as balladas.


Porém, a poesia fechou o véu do silêncio
porque já não sou Vênus e nem Afrodite,
nem Beatriz, nem a deusa de Petrarca!


Mas tu, meu Amor, és  redenção de versos!
Tu és o paraíso invisível e nostálgico
és o cântico e o mito de Pasárgada
de onde a deusa Afrodite em mim
vem enfeitar e enfeitiçar os cabelos,
para despir os desejos e saciar o poema!


És muito mais que Eros!
És a chave dos mistérios
para acender os incensos
e derramar o amor supérfluo!


Pois o Amor de Eros já não pode ser  incerto.

O Amor não pode ser a frente sem o verso
O Amor é as duas metades que se beijam
e se afinam em notas da mesma canção.

(Rosidelma Fraga-01/03/2021).

Poema escrito em ocasião de uma aula sobre Amor e erotismo/ dupla chama, lendo Octavio  Paz.

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